quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


Filosofia da Escola:

A Biblioteca Borboletras pertence à Escola Ananda Marga, expressão na linguagem Hindú que em português, significa “caminho da felicidade”. Essa escola neo-humanista é independente de religiões, aplica uma filosofia espiritual. Utiliza como cumprimento a palavra Namaskar acompanhada do gesto de levar as mãos unidas ao centro da cabeça e em seguida ao centro do peito, o que simboliza o desejo de transmitir os bons sentimentos de um indivíduo para o próximo.
A Escola Ananda Marga tem como principal enfoque a criança. Visa desenvolver os alunos nos aspectos físico, mental e espiritual. Em busca da auto-realização a filosofia pretende difundir na comunidade a construção de uma nova sociedade universal.
Toda essa harmonia que envolve a filosofia da escola faz com que a Biblioteca Borboletras torne-se um local muito agradável para a realização de uma boa leitura ou pesquisa escolar. O acervo é organizado de maneira prática e acessível às crianças. O ambiente é bem estruturado para compreender os alunos o mais confortavelmente possível, para que, assim, desenvolvam suas atividades com muito prazer na Biblioteca. Além das mesas e cadeiras, as crianças podem aproveitar a leitura no cantinho do tapete e almofadas, com a companhia de bichos de pelúcia, fantoches e animações em papel nas paredes – um ambiente fascinante – como deve ser uma biblioteca escolar.
A atmosfera que envolve a Biblioteca é bastante comum aos alunos da escola para quem mantras, meditação e ioga fazem parte do cotidiano. O bem estar sentido durante a prática da filosofia abre a mente e a dá fome de saber. A Biblioteca Borboletras tem o material exato para saciar a mente e desenvolver os alunos como seres pensantes.

Autores: Alunas do Curso Técnico em Biblioteconomia 2009/01 do IFRS - Campus Porto Alegre - Graziele Santorum, Jacqueline Teer, Malu Moura e Rose Lütz.


domingo, 13 de dezembro de 2009

A Biblioteca e Práticas Pedagógicas



   A biblioteca Borboletra está totalmente inserida na vida da comunidade escolar, fazendo com que essa seja uma verdadeira extensão da sala de aula.
    Mas, o que existe de tão extraordinário na Borboletra? É o modo de funcionamento, pois é menos formal e mais flexível. Não se limita apenas a emprestar livros, mas oferece um ambiente acolhedor com ilustrações nas paredes feitas pelos alunos e uma participação efetiva destes como, por exemplo, o “ajudante da hora”, onde o aluno é identificado com um crachá e auxilia nas tarefas desenvolvidas na biblioteca. Há uma lista enorme de alunos cadastrados e é feito um rodízio entre eles. Esta lista é colocada em um mural onde todos têm acesso.
     A Borboletra atua em conexão com o plano pedagógico da escola. Para isso conta com a participação dos professores e estes fazem da biblioteca um recurso pedagógico de apoio ao trabalho deles. O vínculo entre a biblioteca e os professores é constante na busca de material como livros didáticos, literatura infantil e dicionários.
   Segundo a professora Pollyanna, responsável pela turma da 4. série, turno manhã, a leitura é bastante estimulada na sala de aula e na biblioteca. As crianças têm, durante a semana, um período para escolha e retirada de livros. Estes livros ficam com os alunos durante uma semana. A leitura é feita em casa durante a semana e após este período é feita uma roda para que eles possam falar sobre a obra lida na semana. São desenvolvidas também tarefas em parceria com a sala de aula, como “Momentos de Leitura”, onde a professora, acompanhada dos alunos, utiliza o espaço da biblioteca fazendo com que a dinâmica da leitura ganhe uma outra cor.

   Existe ainda a “Hora do Conto”, organizada e realizada pela Tamara, que é a pessoa responsável pela biblioteca. Ela acompanha, junto aos professores, o que está sendo desenvolvido em sala de aula e a partir das informações colhidas é feita a escolha da história a ser contada. Ali no ambiente da biblioteca, a narradora, de maneira lúdica e divertida, dá vida aos personagens da história, fazendo com que estes saltem do livro e proporcione momentos de pura magia aos alunos.
   A escola possui 11 turmas, da 1ª série à 4ª. Todas elas freqüentam a biblioteca duas vezes semanalmente. Uma para a troca de livros que serão lidos em casa e a outra para a atividade da Hora do Conto. Independente dos dias estipulados pelo professor, há uma freqüência assídua dos alunos à Borboletra. Portanto, percebemos que a biblioteca é uma parte indispensável nas práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores, contribuindo assim no processo ensino-aprendizagem do aluno.

Postado por: Eliânia Neves de Moraes, Rodrigo Lourenço da Silva Pinto, Rosa Marli Dornelles Vargas (alunos do curso técnico em Biblioteconomia do IFRS – Campus Porto Alegre)

O Teatro na Escola

O teatro, o teatro, vejam: num bairro de periferia, sim, na periferia de Porto Alegre, porque Porto Alegre não é só o centro, a parte histórica e as adjacências do campus da UFRGS... Porto Alegre é muito mais, é a zona norte, é o Humaitá, é a Vila Cruzeiro, é o Bairro Restinga... Por mais que você não acredite, ou não conheça. É... Mais uma vez com o auxílio do teatro e do incentivo à leitura, Paulo Guerra, Instrutor de Teatro da Escola Neo-Humanista Ananda Marga, prova que é possível, ainda, em tempos medíocres, vencer desafios, promovendo inclusão social. Leiam se puderem... (Mário Sérgio Leandro)


Entrevista com Paulo Guerra: Instrutor de Teatro da Escola Neo-Humanista Ananda Marga.

1. Por que o teatro e a sua importância dentro daquele contexto?

Há seis anos, fui convidado pela diretora, na época, para integrar o quadro de professores. A escola Neo-humanista também utiliza muito o teatro como forma de expressão e comunicação (verbal e não verbal). No início, foi um desafio, pois o nível socioeconômico da região é baixo e isso reflete nos conhecimentos gerais relacionados à arte. Aos poucos, fomos trabalhando e descobrindo novas maneiras de pensar e criar, as crianças que, anteriormente, haviam poucas vezes saído da comunidade, começaram a ter uma rotina cultural, incluindo visita a museus, exposições, teatros e a todas as manifestações culturais.

Rotina cultural: crianças envolvidas com a Mostra Cultural.

Mostra cultural, ainda: não só crianças...

2. Qual é a relação que os alunos têm com o teatro e esse mesmo teatro possibilita uma interação com a biblioteca da Escola?

De um modo geral, todas as crianças adoram esses 50 minutos de encontro com o teatro, pois são momentos de uma liberdade maior no sentido de expressar mais o que acontece em volta e um momento de criar. Algumas vezes, trabalhamos na biblioteca, pois não tenho uma sala específica, gosto de usar todos os espaços possíveis. Existe sempre um preconceito não só das crianças, mas até de alguns professores que a biblioteca é um lugar de silêncio e leitura, não discordo, porém é como eu digo para eles: é o local onde todas as fantasias e sonhos moram e estão à nossa disposição algumas prateleiras à nossa frente. É só abrir um livro e mergulhar na história.

A referida biblioteca escolar.

A animação das crianças com o livro é que não é secreta: é nítida!

3. Quais são os reflexos dessa prática que você percebe nos alunos?

Acredito que é um trabalho de interação a médio e longo prazo. Trabalhamos com crianças de 1ª a 4ª série e muitos não tem o hábito de ler em casa. Semanalmente, eles levam para casa alguns livros e –quando gostam-, relatam na forma de improvisações junto aos colegas, às vezes, até usando bonecos e desenhos.

4. Como isso interage com a escola como um todo, incluindo a biblioteca?

A biblioteca é para eles uma sala diferenciada da rotina diária da sala de aula. O próprio deslocamento com a carteirinha na mão é um evento, e o retorno com o livro ainda maior. Sempre digo que no teatro não é só apenas decorar um texto e repetir; é preciso estudar muito, conhecer muitas coisas e uma biblioteca é um local ideal para este aprendizado.

Mário Sérgio Leandro, Jaqueline Bitencourt , Rafael Francisco Dummer (alunos do curso técnico em Biblioteconomia do IFRS – Campus Porto Alegre

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

BIBLIOTECA x INFORMÁTICA

O trabalho da biblioteca escolar é mais do que informar. É ensinar a criança a buscar e selecionar a informação adequadamente, com o maior grau de autonomia possível.

Desta forma a Borboletras desenvolve tarefas de pesquisa escolar na internet. Ensinando desde o básico das pesquisas (onde buscar, o que escrever, como aprimorar a pesquisa), além de conscientizar sobre as milhares de informações incorretas presentes na rede.

Assim a criança se sente livre para ir até onde sua mente desejar, sabendo que nem tudo que reluz é ouro e que se uma informação varia demais de uma fonte para outra, deve sempre desconfiar!

E, principalmente, aprende que ler é a forma mais fácil de se obter a tão sonhada e buscada liberdade, liberdade proporcionada pelo conhecimento.




Dicas para saber se uma fonte é confiável?

A web nos permite ter acesso a um grande número de informações com muita facilidade, mas como saber se uma informação é confiável? Existem algumas formas de averiguar se uma informação é real ou não.

  • Depois de analisar as informações presentes na página, fazer uma nova pesquisa sobre o assunto em outras páginas para ver se as informações conferem ou não;
  • Pesquisar sobre as referências do autor que disponibiliza a informação. Se não há identificação, as chances de a informação não ser confiável são bastante altas;
  • A informação tem data de criação? Está atualizada?
  • A página deve seguir a norma culta da língua portuguesa. Erros ortográficos tiram a credibilidade da informação.
  • Procurar saber com outras pessoas que conhecem alguma coisa do tema pesquisado se a fonte que foi utilizada é confiável.

Essas dicas não garantem que a fonte seja confiável, mas ajudam...



E para não errar na hora da pesquisa...
  • Caso não tenha muita experiência em buscas na web, o Google é um bom local para se começar;
  • Procure ser o mais específico possível na descrição do que precisa, assim terá menos chances de ter assuntos que não interessam entre o que deseja;
  • Geralmente as páginas de busca possuem a opção “avançada” que facilita na hora de buscar assuntos específicos. Caso não tenha, você pode também usar operadores como + (entre as palavras que deseja), ou - nas palavras que não quer que ele procure, ou seja, quer excluir de sua pesquisa.
  • Lembre-se que as páginas do topo da lista são as mais acessadas, o que não indica que sejam as melhores. Vale a pena olhar outras também.

Allan Trois, Dionéia Branchi e Keila Sant'Anna

O Direito de Ser Criança.


Em um levantamento realizado em dezembro de 2005 estimou que cerca de 1% da população brasileira vivia nas ruas, um número de 1,8 milhões de brasileiros renegados a dormir ao relento, sem as mínimas condições de higiene e alimentação e todas as medidas garantidas por lei na constituição. O poema " O Bicho " de Manuel Bandeira(http://pedagogiadosocial.blogspot.com/2009/07/o-bicho-manuel-bandeira.html) já expressava a situação social em que alguns brasileiros se encontravam, contudo, quando se fala de "pessoas vivendo nas ruas", não pensamos rapidamente em crianças e adolescentes, incluímos somento adultos nessas condições precárias de vida, infelizmente, sabemos que não é verdade.

O Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal reconhece a crianças e adolescentes os direitos a liberdade, dignidade e respeito ( artigo 15).Em 1959, A Declaração Universal dos Direitos da Criança, enfatiza que toda criança precisa de prteção e cuidados especiais, antes e depoois do nascimento, sem discriminaçã de sexo, cor, língua, religião ou origem social. Segundo tânia da Silva Pereira, advogada e professora da PUC/Rio e UERJ:

"Uma criança que não sonha, não começou a viver, uma criança sem sonhos está limitada ao mundo da razão, a criança sem sonhos é uma águia sem asas( adaptado). "

O Brasil tem um grande contigente de meninos de rua, crianças e adolescentes que precisam de ajuda e existe um grande números de projetos, muitos relacionados ao governo, outras são mantidas por ONG's( Organizações Não Governamentais) para dar assistência não só a essas crianças, mas também a suas famílias. Em Porto Alegre na Escola Neo-Humanista Ananda Marga, localizada no bairro Restinga Nova, foi criado o programa Ação Rua.

O programa atende crianças e adolescentes da Restinga e da região Extremo Sul da cidade em situação de rua, assim como suas famílias, com a intenção de alternar essa situação vivida pelas crianças. A equipe do Ação na Rua é composta por coordenadores, assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais, todos unidos, utilizam de todas as estratégias e ações necessárias para enfrentar o problema e ajudar da melhor forma possível.

Atitudes como a do programa Ação Rua é o que garante uma infância mais "normal" e feliz a quem se encontra nessas situações. Felizmente, no Brasil, várias instituições, ong's e programas são fundados e criados com o objetivo de ajudar e socorrer crianças e adolescentes em situação de rua.


Letícia, Ana Maria, Géssica e Vanessa


Referências:


disponível em: http://www.amurt.org.br/site/view/viewSub.php?sec=projetos&id=7
acessado em: 2 de dez. de 2009.

BOCCHINI, Bruno, disponível em: http://www.direitos.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=701&Itemid=2
acessado em: 2 de dez. de 2009.

INACIO, Alda , disponível em: http://criticaedenuncia.blogspot.com/2007/09/meninos-de-rua-realidade-do-terceiro.html
acessado em: 2 de dez. de 2009.

Estatuto da Criança e Adolescente. http://www.eca.org.br
acessado em: 6 de dez. de 2009.

Declaração Universal dos Direitos da Criança ( 1959). http://www.dji.com.br/crianca_adolescente/crianca_adolescente.htm

Comissão Organizadora do Prêmio Sócio- educando; coorcenadora: SPASETO, Karyna Batista. Sócio- educação: adolescentes em conflito com a lei: experiências de medidas sócio- educativas. 2 ed.